segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

A PEDAGOGIA DE JESUS

  Renovam-se, periodicamente, no mundo, os métodos pedagógicos, em razão da conquista do conhecimento nas suas diferentes áreas.
  Nos últimos anos, a valiosa contribuição da psicologia infantil abriu espaços para mais profundo e claro entendimento em torno das possibilidades de aprendizagem da criança, ensejando novas técnicas para a educação. Merecem especial destaque o Relatório Jacques Delors, encomendado pela UNESCO
e, posteriormente, a proposta do eminente educador francês Edgar Morin, através dos expressivos quatro pilares de uma educação para o século XXI.
  Estruturada a sua técnica no autoconhecimento do aprendiz e nas lições que se lhe fazem ministradas, são propostos os programas em forma de pilares, a saber: Aprender a conhecer; Aprender a fazer; Aprender a conviver; Aprender a ser.
  Em uma análise cuidadosa, descobre-se que esses valores encontram-se na pedagogia de Jesus, porquanto a Sua preocupação constante era a da auto-iluminação daqueles que O buscavam.
  A Sua é uma mensagem incessantemente fundamentada no conhecimento que liberta e conduz, retirando o ser da ignorância e descortinando-lhe os horizontes infinitos do progresso espiritual que lhe está destinado.
  Jamais atendeu a quem quer que fosse, que lhe não oferecesse a diretriz para o conhecimento de si mesmo, para que depois pudesse entender o seu próximo, passando a amar a Deus.
  Por outro lado, nunca tomou o fardo das aflições dos outros, ensinando cada qual a carregar a sua cruz, conforme Ele o faria mais tarde até colocá-la no Gólgota.
  Apontava diretrizes e induzia a criatura a segui-las fazendo a sua parte, porquanto, cada qual é responsável por tudo aquilo que se lhe torna necessário.
  Estimulando ao progresso, dignificou o trabalho, informando que o Pai até hoje trabalha e que Ele mesmo também estava trabalhando.
 Os Seus eram sempre relacionamentos edificantes, nos quais o Bem mantinha predominância, impossibilitando a distensão dos prejuízos da maledicência, do ódio, dos rancores, dos ciúmes, das disputas insensatas.
  Com Ele a convivência é aprendida, mediante o resultado do exercício da tolerância que leva à fraternidade, do auxílio recíproco dignificador da espécie humana.
  Jamais abriu espaço para o ociosidade, sugerindo que o reino dos Céus fosse conquistado a esforço, iniciando-se o seu labor na busca interna, superando os impedimentos apresentados pelas paixões dissolventes.

Joanna de Ângelis

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